15 de setembro é o Dia Mundial da Conscientização sobre Linfomas
Segundo estimativas do INCA, o linfoma de Hodgkin será responsável por 2.640 casos de câncer ao ano até 2022. Este número, se somado ao outro tipo de linfoma, o não-Hodgkin, chega a quase 15 mil casos.
Os dois tipos se originam no sistema linfático, composto por linfonodos, gânglios e tecidos que produzem as células de imunidade de nosso corpo. Além disso, o sistema é responsável também por drenar e filtrar o excesso de líquido.
“Uma das características do linfoma é a multiplicação rápida e descontrolada quando há uma célula maligna. Primeiro se produzem nos linfonodos e com o passar do tempo chegam aos tecidos próximos. Quando não tratadas podem se espalhar rapidamente pelo corpo. Neste estágio, com esse déficit de funcionamento, a saúde do paciente fica debilitada e há uma baixa da imunidade ficando assim mais exposto à outras doenças”, comenta Dra. Sarah Cristina Bassi, hematologista do InORP Oncoclínicas.
A diferença entre os dois tipos, de Hodgkin e de não- Hodgkin, conforme explica a médica, se dá nas características das células encontradas no tumor. “Existem mais de 20 subtipos do tipo não-Hodgkin. Somente após a investigação e biopsia é possível diagnosticar e seguir com o tratamento específico.”
Prevenção e sinais
A doença pode aparecer em qualquer idade, mas é mais comum em homens entre 15 e 39 anos e em idosos de 75 anos ou mais
Por não ter uma única ação específica de prevenção, a hematologista reforça a importância de estar atento aos sinais e de manter hábitos de vida saudáveis.
“Os principais sinais são os linfonodos aumentados, inchados e indolores nas regiões do pescoço, axilas e virilha. Para a região do tórax pode haver tosse, falta de ar e dor sem aparente motivo. Quando aparece na pelve ou abdômen causam desconfortos e distensão. De modo geral sinais de alertas são febre, cansaço, suor noturno, perda de peso sem motivo e coceira no corpo”.
Dra. Sarah explica também que os riscos de desenvolver a doença são maiores em pessoas com o sistema imune já comprometido como em casos de deficiência de imunidade em consequência de doenças genéticas hereditárias, uso de drogas imunossupressora e portadoras de infecção pelo HIV.
Tratamento
Como orientação geral quanto mais cedo um câncer for descoberto, melhores são as possibilidades de tratamento, no caso do linfoma de Hodgkin, são altas chances de cura.
“Os tratamentos variam de acordo com o tipo de linfoma, estágio em que foi descoberto e locais. No geral são uma combinação de quimioterapia, radioterapia e imunoterapia. Em alguns casos, quando há recaídas é feito uma avaliação geral do tratamento e podem ser aplicadas opções como a poliquimioterapia e o transplante de medula óssea”, completa a médica.