De acordo com os dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer) a doença é o terceiro tumor mais frequente na população feminina e a quarta causa de morte de mulheres no Brasil
A regularidade de exames e a vacinação contra o HPV (papiloma vírus humano) são essenciais no processo de prevenção do câncer do colo do útero que, segundo dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer), órgão do Ministério da Saúde, é o terceiro tumor mais frequente na população feminina e a quarta causa de morte entre as mulheres.
Em 2020, o Siscan (Sistema de Informações de Câncer) registrou uma queda de cerca de 50% no volume de exames realizados pelo SUS (Sistema Único de Saúde) em pacientes residentes em Ribeirão Preto. De acordo com o sistema, no ano passado foram realizados 15.499 exames de citologia (Papanicolau), enquanto, em 2019, aconteceram 30.907.
O médico oncologista Diocésio Andrade, diretor técnico do InORP Oncoclínicas de Ribeirão Preto e membro fundador do EVA – Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos, explica que esse tipo de infecção genital é muito frequente, mas que pode ocasionar alterações celulares no corpo da mulher evoluindo para um tumor maligno, por isso, as medidas de prevenção são importantes.
“Além do uso de preservativos durante a relação sexual e a realização periódica do exame Papanicolau, a solução mais eficaz para a prevenção dessa doença é a vacinação contra o HPV, que protege contra a infecção do vírus e está disponível no sistema público de saúde para meninas, com idade entre 9 e 14 anos, e para os meninos, de 11 a 14 anos”, ressalta Diocésio.
O médico destaca ainda que outras causas como genética e questões comportamentais como o consumo de álcool, cigarros e sobrepeso também são considerados fatores de risco, mas que é importante ficar atento aos eventuais sintomas iniciais da doença.
“No começo o câncer do colo do útero pode não manifestar sintomas, por isso, é importante o exame preventivo. No entanto, em estágio avançado, pode apresentar quadros de sangramento vaginal fora do período menstrual ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a problemas urinários ou intestinais”, explica o diretor do EVA.